segunda-feira, 4 de maio de 2009

13 de dezembro de 1983

Dezembro, terça-feira, 13.

  1. Apresentação extra.

Superamos a briga. Não havia mais uma garrafa de conhaque no camarim. O espetáculo começou tenso e a ansiedade se dissipou nas gargalhas e na emoção. A briga trouxa a tona toda a paranóia de final de temporada e a fantasia de última vez. Parecia prenunciar um fim próximo para o Bailei na Curva.

Dezembro, 15-16-17-18.

  1. Bailei.
  2. Última apresentação do ano de 1983.
  3. Público pagante: 6.389
  4. Total: 7385
  5. Média 211 por dia. (Teatro do IPE – capacidade de 200/ Teatro da Assembléia – capacidade de 600)
  6. Total de apresentações: 35.

As anotações são refentes a uma espécie de balanço das temporadas do ano de 1983. No final da última apresentação da peça no Teatro da Assembléia aconteceu uma das muitas surpresas que o Geraldo Lopes gostava de oferecer para o elenco. O coral da Unisinos começou a cantar Horizontes junto com os atores, mas aos poucos a sonoridade foi se expandindo e tomou conta da platéia, deixando o palco em segundo plano e colocando ênfase na platéia. As vozes do coral, sob a regência do maestro Zé Pedro Boéssio, tomaram o teatro da Assembléia. Uma voz aqui outra ali e o somatório resultou numa emoção imensa. Estávamos frente ao fenômeno Bailei na Curva. Não tinha noção do que isso representaria. Não tinha a noção que eu passaria os próximos vinte e tantos anos envolvido com esta peça de teatro.

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